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Visita áIvapounduva em 12/05/93

Estiveram Presentes neste trabalho de campo: a supervisora e delegada de ensino substituta Ivani. Para o transporte, desde Registro, foi utilizada uma perua- Kombi da de( o motorista também era da DE). O acesso dá-se pela estrada Eldorado caverna do diabo - Iporanga e defronte á vila que fica ao lado do rio Ribeira( margem esquerda), utiliza-se de canda - piroga - prara a travessia do rio( a prefeitura mantem um canoeiro á disposição). Chegando a vila, o primeiro lugar á ser visitado foi a escola ensino fundamental formada por duas construções, uma defronte a outra( a rua separa), send uma alvenaria e a outra de madeira. Mantivemos conversação com os professores e com alguns alunos vem de bairros distantes. A escola foi inaugurada em 1982. Durante a visita podemos observar contraste gritante, pra o qual chamamos a atenção do operador da filmadora, e que consistia na existencia de uma.

* bairro de eldorado, as margens do rio ribeira e a caminho de Iporanga, antigo Quilombo com existência de aproximadamente 350 anos.

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Antena Parabólica, instalada em uma resisdência construção de taipa de aparencia Humilde(primeira contradição), e que situava-se a aproximadamente, 50 metros da pequena igreja, já tricentenária e fulcro da comunidade segunda contradição). * visão paradoxal do espaço/tempo, muito própria de uma pais pobre, periférico,que convive contradituriamente com um intenso processo de industrialização/ urbalização ao lado de um processo perverso de analfabetismo, fome, desemprego, nos quais o rural é hoje considerado apenas um "anexo" do urbano industrializado, devendo á ele servir prioritariamente(veja se e ouca-se a tematica tecnicista utilizada pelos defensores das barragens no rio Ribeira). Tudo isso rodeado de efusiante vegetação tendo como pano de fundo o agitado ribeira, que ainda apresenta corredeiras (enquanto as forças do desenvolvimento" não as transforme em água cintidas). Mantivemos contato com um dos moradores, que se dispôs a nos atender gentilmente, como é próprio desta gente simples desses fundos do Vale. Mario Ribeiro, seu nome , nos falou das plantações, da vila das moradias da escola e comonão podia deixar de ser, falou da velha igreja. Quando levantado o assunto "Barragens do Rio Ribeira", sentimos que a "temperatura aumentou", pois o nosso anfitrião, de forma mais inflamada, porém firme, *primeira contradição: porque uma aparelhagem altamente trecho lógica, cara, instalada numa casa pobre de tecnologia primitiva. Segunda contradição:porque em símbola da modernidade próximo aum símbolo histórico e religioso. como está isso tudo "misturado" num esmo contexto comunitário, merece um relexão, discussão dialética.

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colocou a posição dos moradores locais, ou pelos menos da maioria , sobre o assunto: existe um movimento organizado de luta contra a construção de barragens. E explicou nos, no seu falar peculiar, o que para eles significava tal " obra desenvolvimentista": inundação da vila com o consequencia desalojamento de seu pessoal para outras regiões rurais ou pior ainda para cidades inundação. também de grandes extensões de terras agriculturáveis hoje utilizadas para a subsistencia dogrupo e alguma coisa oara a venda nos mercados próximos( como a banana), indelizações governamentais por tudo isso que demandarão tramitação burocratica de dificíl previsão, e por fim o que para eles é de alta relevância será a perda das raízes de seus usos e costumes de sua cultura afinal, desua igreja e de tudp qu eé material e que os liga com a sua história seu passado sua identidade como grupo social. Informou- nos, em detalhes, que a comunidade trabalha a terra produzido milho, feijão, arroz , batata, mandioca e também a banana. Cria- se porcos, galinhas e cabras. Trata -se de esquema de produção não inserido totalmente no sistema de mercado capitalista, pois produz-se, em sua maior parte, para cosumo da comunidade, ficando tão somente a banana como produto para o mercado das proximadades. Alegra que eles tem recibido pouco ajuda de orgaõs do Governo ligados á agricultura( sementes caras, falta de financiamento, nemhuma assistencia técna, etc..) Quanto á festas, onde todo o grupo é envolvido, esclareceu: em 13 de Junho festa de santo antonio em 24 de Junho festa de São João, em 29 de junho festa de São Pedro, e em 10 de Outubro Festa da Padroeira do Bairro, nossa senhora do Rosário.

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Conversamos tambem com a moradora Benedita Furquim, pessoa mais vela que nosso primeiro interlocutor. Com ela fomos ao local onde se rala mandioca, atras da Residencia, quando então recebemos uma verdadeira aula de culinária de como se aproveita de mandioca e de outros produtos. Falou-nos da produção do Biju, da gama, da mandiquera, do pão de mandioca (coruja) do cuscus branco, do bolo de roda ( mandioca, açucar, ovos e banha), da pamonha, etc... Perguntada, explicou nos que antes subia-se o rio até Iporanga (barco a motor), levando arroz e outros produtos, quando então se trocava po sal, Querosene(lampião, lamparina, etc), roupa e sapatos, produtos que eles necessitavam e não tinham condições de produzir. Nota-se aí, que o trabalho produtivo do grupo escapava, quase totalmente, da linha esquementa capitalista. Produzia -se para troca( além da produção para subsistência). Acrescentou que dirigiam -se à Eldorado as vezes para as trocas sendo então aproveitada a correnteza economizando o uso do motor de Barco. Tivemos oportunidade de dialogar com benedito Florindo, senhor de aproximadamente 76 anos de idade o qual passou- nos informações interesantíssimas. Disse nos que outora, exixtiam apenas três casas(taipa, pau a pique) e ai Igreja , que eram casas de uso comunitário parece nos que por essas época o grupo era menor, porém mais unido, formando um verdadeiro clã. Produzia-se, naquela oportunidade além dos produtos de subsistencia já mencionados em passagem anteiro, o café e a cana de acucar! Cria-

* A admiração explica-se pois trata-se de dois importantes produtos agricolas, caçadores de riquezas em outras regiões, que no entanto , aqui no Vale do Ribeira não tiveram a expansão necessária.

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vam-se bois,cabras, galinhas e porcos. eram praticamente auto-sufiecientes. fato nada interessante para a sociedade burguesa capitalista, a qual para a manter hegemônica necessita quebrar o elo de independencia de comunidades como essa si Ivaporunduva, inserindo - as economicamente no mercado deve se obriga- las a trabalhar produtos para serem comercializados no mercado interno e externo principalmente e em contra partida, adquirir bens de pontos de vendas do sistema (supermecados, lojas, etc...) Visitamos a reservatório de água potável do Bairro(acompanhados pelo Mario Ribeiro, já citado), o qual fica a 500 metros, aproximadamente, morro acima. trata-se de um trabalho feito pela comunidade, sendo qu a nascente de água (cloro, etc.) Como não poderia deixar de ser , encerramos os trabalhos com a visita a Igreja, qie é o fator aglutinador dessa comunidade. Depois de alguma delonga em se localizar a chave, guardada pela liderança do bairro, adentramos o recinto do emplo. O que interior é de uma nudez, de uma singeleza á toda prova, lembrando que o povo que a construiu no seculo XVII, era parco de recursos, apesar de sobrabceiro, como era próprio de tudo quilombola. Seu sino contem a inscrição 1832, não sobendo o pessoal local explicá-lo. Supoe -se que tenha chegado bem depois de a igreja ter sido construida. Sua origem liga-se as primeiras entradas pelo sertão, desde Cananéia e Iguape, em busca de metais preciosos, em direção á Iporanga e apiaí. Isso ocoreu entre meados do seculos XVI ate fins do século XVII. Sente -se em suas paredes de Taipa os registros vibratórios de toda

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